Chamamos de satélite todo objeto que orbita ao redor de um planeta. Estes podem ser “naturais”, como a lua, ou ”artificiais”, como aqueles construídos pelo homem. Desde o século XX, os satélites artificiais têm ajudado a humanidade a transmitir sinais de rádio, televisão e internet, assim como informações de localização e acontecimentos climáticos.
Embora não seja o intuito desse artigo adentrar no funcionamento técnico de um satélite, é interessante saber que eles transmitem 2 tipos de informação: sinais e imagens. Os sinais são transmitidos por meio de ondas de rádio, enquanto as imagens são transmitidas por meio de luz.
O primeiro satélite artificial foi o Sputnik 1, lançado pela União Soviética em 1957. O Sputnik 1 não transmitia imagens, mas apenas sinais de rádio. Era pequeno, do tamanho de uma bola de basquete e pesava apenas 83,6 Kg.
O primeiro satélite a transmitir imagens foi o Telstar 1, lançado pelos Estados Unidos e pela França em 1962. O Telstar 1 transmitia imagens de televisão entre a Europa e os Estados Unidos.
Ambos modelos foram marcos importantes na história da exploração espacial. Eles provaram que era possível colocar objetos em órbita ao redor da terra, abrindo caminho para o desenvolvimento de satélites mais sofisticados.
Sensoriamento remoto e a evolução da interpretação de imagens do território
O sensoriamento remoto é a coleta de dados sobre um objeto ou área sem estar em contato físico com ele. Na Terra, isso é feito através de uma variedade de métodos, incluindo fotografia aérea, imagens de satélite e radar.
Um dos primeiros registros da interpretação de imagem por sensoriamento remoto foi nas guerras do século XVII, uma vez que os militares usavam pombos com câmeras na barriga para fotografar o campo de batalha. Essas fotografias serviam então para planejar ataques e avaliar a eficácia dos bombardeios. Tempo depois, no século XIX, o geógrafo alemão Alexander von Humboldt usou fotografias aéreas para mapear a Amazônia.
Já no século XX, a humanidade lançou os primeiros satélites, ampliando o espectro de transmissão e abrindo as portas do nosso mundo moderno. Atualmente, os satélites são responsáveis por grande parte das facilidades às que estamos tão acostumados, como o uso do GPS, previsão de clima e até a própria internet.
Um bom exemplo disso é o Google Maps. Este conhecido software coleta imagens de satélite, que após tratadas e combinadas, são usadas para criar um mapa tridimensional do mundo.
Para ilustrar a eficácia dessa coleta de imagens hoje em dia, um dado curioso: um satélite leva apenas 15 dias para fotografar o Brasil inteiro. Uma quantidade ínfima de tempo levando em consideração o tamanho do território.
Satélites brasileiros e preservação do meio ambiente
O sensoriamento remoto e a transmissão de imagens e sinais via satélite têm diversas aplicações, dentre elas:
- Monitoramento de clima, agricultura e fronteiras.
- Atualização constante do mapeamento do território.
- Transmissão de sinais de rádio, televisão e internet.
Mas ainda existem satélites lançados com propósitos mais específicos, como o Amazônia 1, o primeiro satélite inteiramente projetado e construído no Brasil (INPE, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais do Brasil), que foi lançado em fevereiro de 2021.
Com o fim de monitorar o desmatamento da Amazônia, a degradação florestal e outros problemas ambientais, o Amazônia 1 é capaz de capturar imagens da superfície da Terra com uma resolução de 1,5m.
Este satélite será fundamental no desenvolvimento de políticas que protejam a região, que é uma das maiores florestas tropicais do mundo e um importante sumidouro de carbono.
Outro exemplo de tecnologia projetada para a preservação do meio ambiente é o VCUB 1, um nanosatélite brasileiro desenvolvido pela Visiona Tecnologia Espacial, uma joint-venture entre a Embraer e a Telebras.
Ele foi lançado em 15 de abril de 2023, a bordo de um foguete Falcon 9 da SpaceX, a partir do Cabo Canaveral, na Flórida. O VCUB 1 é o primeiro satélite desenvolvido pela indústria brasileira, sem participação governamental, Certamente, um grande marco que prova o compromisso do Brasil com a pesquisa e o desenvolvimento espacial.
Este equipamento de última geração pesa apenas 12 kg e mede 1m de comprimento. Ele está equipado com uma câmera multiespectral que pode capturar imagens da Terra com uma resolução de 3,5m e um sensor de infravermelho capaz de capturar imagens à noite.
A Linkages e a interpretação do solo brasileiro
O uso das imagens é fundamental para a interpretação do solo, seja urbano ou rural. Através delas, é possível identificar:
- Tipos de áreas: agrícolas, florestais, urbanas ou rurais.
- Degradações no solo, como erosão, salinização e contaminação.
- Declividade, presença de corpos de água e outras características do ambiente.
Sem mencionar que as imagens, aliadas a dados confiáveis cruzados de fontes específicas, como leis de zoneamento urbano e planos diretores municipais, somado ao olhar dos nossos especialistas, ganham uma precisão poderosa de informação georreferenciada.
Esta informação, a depender dos objetivos do cliente, pode ser usada para traçar estratégias mais eficazes de entrada no mercado e expansão.
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